Saudades [...]

Meia noite e quarenta e eu aqui. E pra ser sincera, nem sei o que vou dizer, mas de repente me deu uma vontade tão grande de escrever. Escrever pro nada, para as pessoas, não importa. Apenas escrever.

Ando meio desanimada ultimamente e sem motivos, confesso. Esse ano era pra ser perfeito: passei no vestibular, fiz cursos, conheci pessoas novas, pintei meu quarto. Não estou me queixando nem nada, até porque sou muito agradecida a Deus por tudo isso, mas eu sinto um vazio aqui dentro. E esse vazio é saudade.

Saudade dos meus tempos de escola, onde eu via meus amigos todos os dias, onde ficávamos conversando durante a aula inteira e jogando perfil na hora do intervalo. Saudade de quando a gente matava aula e ía para o shopping, para o corredor esportivo ou então quando a gente apenas ficava deitado na calçada perto da escola sem fazer nada, apenas olhando para o céu e conversando coisas fúteis. Ah, que saudades! Saudades daquele boteco da esquina, onde a gente ficava por horas e horas bebendo coca-cola e perdoem-me pela falta de educação, fazendo campeonatos de arrotos. Saudades de ficar rindo durante uma aula de inglês inteira por causa de uma mera "fecundação de canetas".

Saudades das festas surpresas feitas as pressas na sala de aula e com duração de meia-hora. Saudades, saudades, saudades.

Meus amigos foram e sempre serão a minha base sólida. Um dos motivos pelos quais eu não joguei tudo para o alto. E eu sinto saudades deles. Eu não quero que a nossa amizade se torne apenas "mais um passeio no final de semana". Eu quero eles sempre aqui, comigo. As fotos não trazem aqueles momentos maravilhosos de volta, mas ao menos eu sei que um dia eles aconteceram. Tem uma coisa que nada nem ninguém vai conseguir apagar: a nossa CUMPLICIDADE.

[Agora são uma hora da manhã. Isso porque eu não sabia o que escrever. ]